quinta-feira, 22 de agosto de 2013

My childhood memories

There are so many interesting things that happened to me in my childhood. When you are a kid, the simplest thing can be a big happening, mainly if you are from a small town. It's just a question of imagination.

I remember that I used to be a sleepwalker. My mom has got a clothes' store, and I fell asleep in a small bedroom of the store. Minutes later, I got up and started sleepwalking. My dad told me I went out the store and walked around a little square in front of it for some minutes and came back still sleeping. When I tried to do it again, he didn't let me. He put his arm across so I couldn't pass.

Once I went to a friend's house to play video games with other friends of mine. But I forgot to tell mom and dad about this. Some hours later they arrived at my friend's house with a really worried face. I thought: "This cannot be good." After the spanking, I was made not to leave home, except for school, for a long time.

The worst thing, in my opinion, happened because I did something I was not allowed. My mom had a sewing machine and always told me not to play with it. What did I do? Exactly the opposite! Somehow I managed to stick the machine's needle into my finger's nail. The strange thing was that I didn't feel any pain at first, but when my mom saw it, she went crazy. Rapidly she took the needle off my finger and spilled alcohol on it to prevent infection, but causing a horrible pain. Oh, I cried so much...

Of course I've disobeyed my parents sometimes, and I always felt bad afterwards, but I think this has to be part of anyone's childhood. When you are older, these stories turn out to be very funny. =D


Pedro Mendonça

terça-feira, 11 de junho de 2013

Entrelaçados

O fio vermelho à direita;
Seguido pelo amarelo;
Logo após vem o verde;
E pra fechar, de ambos os lados, o preto.
Os fios vão se entrelaçando, em uma dança exótica e magnífica
Que só quem os faz consegue entender.
São fortes no centro e vão ficando mais frágeis nas pontas...
Mais frágeis, mais desengonçados, atrapalhados
Como se, ao passo que não mais se entrelaçam, perdem os sentidos, a razão.
Somente quando se unem novamente, em torno do braço,
É que conseguem um pouco mais de consistência.
Mas ainda soltam suas fagulhas de desarrumação.
Pois nada é cem porcento. Nada é perfeito.
E, se fosse, acho que seria sem graça.
Porque não há mérito naquilo que não melhora.
Pra tudo existem os desafios e as turbulências.
A água precisa borbulhar pra fazer o café.
O ser precisa se deformar pra gerar outro ser.
Que dirá dois seres, que querem viver como um só... imagina só!
Dois mundos tão únicos formarem um outro mundo mais único ainda...
É coisa que a gente não entende
Entende?
Por isso deixa as dificuldades existirem, elas não resistem ao querer
Deixa que eu seja tão mutável, tão inconsistente, tão tolo
Tão cabeça sem miolo
Tão homem de lata
Tão leão covarde
De certa forma, isso é o que dá beleza à história, não é?
Sorte minha ter alguém pra me entrelaçar, pra misturar as cores.
De que outra forma eu seria tão feliz como agora?















Pedro Mendonça

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Razão

Por que você está tão preocupado?
Relaxe!
Eu estou aqui.
E enquanto houver amor, não haverá medo do futuro.
Deixe vir o que tiver que vir.
Deixe para lá o que te preocupa.
Por que pra tudo tem um jeito.
E o jeito mais fácil não é o melhor,
O melhor é fazer o que ama.
Mesmo que para isso você precise fazer o que não tá gostando.
Só não deixe o concreto tapar seu horizonte.
Não veja só o que está na sua frente.
Sinta o melhor que está em todos os lados.
Absorva
E expresse
De todas as formas que você sabe,
Toque.
Cante.
Desenhe.
Pinte.
Escreva.
Fale.
Eu sei que você sabe,
Nós sabemos.
Eu acredito em tudo isso.

Maisa Valença

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Lar

Não me sinto bem
Na praia, no Himalaia, na varanda
Na namoradeira, na feira, na quitanda
Em Maceió, em Orobó ou Cabrobó
Nem nos hotéis e suas constelações
Nem nos albergues, nas pousadas
Nem mesmo em casa, me sinto à vontade
Na verdade, só me sinto bem,
Confortável, tranquilo, a sorrir
Nos teus braços, que é meu lar
Com teus beijos a me vestir


Pedro Mendonça

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Compras



Andando na rua. Nas vitrines: Oferta! Geladeira apenas 999,99 ou 12x de 99,00 sem juros. Imperdível! Calças Jeans a partir de 69,90! Queima de estoque! TV LSD 40’ apenas 1.110,90 no cartão. Venha conferir! Entro numa loja de calçados, a moça:
- Oi, moça! Posso ajudar?
– Vou dar uma olhada...
– Já viu as novas sandálias Bottero? Chegou essa semana! A coleção da Azaléia também tá linda! Essa de camurça tem na cor preta, bege e branca! E a nova Melissa? É a mais vendida! ...
Penso, e porque eu ia querer a mais vendida? E porque eu ia querer usar o que todo mundo usa? Eu nem acho essa melissa bonita... Respondo:
- Hum...  eu vou querer aquele chinelinho básico da coca-cola, número 36.
– A vista ou no cartão?
- A vista, quanto custa?
- 89,90
– Tem desconto?


Maisa Almeida



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cupcake

Gosto, é claro, não se discute
Ele muda com o tempo, enfim
Ao longo do tempo busquei
O que mais agradava a mim
Por vezes não tive o que queria
Mas isso não foi sempre assim

Já tive bolo de trigo
Sem recheio algum
Descia seco, travando
Tinha gosto nenhum
Seria muito mais sábio
Ter ficado em jejum

Fatia de torta de limão?
Tive por alguns dias
Não era assim tão agradável
Não era bem o que queria
Era mais uma perda de tempo
Do que uma boa iguaria

Torta de cenoura com chocolate
Dessas que todo mundo gosta?
Tive uma que queria ser grande
Três andares, bem exposta
Mas tinha furos de dedo de lado
E por dentro só tinha bosta

Provei uma fatia diferente
De torta de bacalhau desfiado
Até sabia que não iria gostar
Fiquei, de novo, desapontado
Não gosto dessas coisas do mar
Nunca fui muito fã do 'salgado'

Eu até mesmo tive uma fatia
Duma torta de morango, bem doce
Mas era doce demais, enjoei
Meu apetite rapidamente acabou-se
Há quem goste, não vou mentir
E, a outro paladar, ela limitou-se

Eis que finalmente encontro
Um bolinho de saia bom demais
Tamanho, confeito e recheio
Perfeitamente proporcionais
É carrossel de sabor que achei
E a cada vez eu quero mais



Pedro Mendonça

domingo, 30 de setembro de 2012

Tolice

Não seja tão bobo ao ponto de levar tudo a sério
Ou de imaginar coisas sem sentido
Não seja tão tolo de esconder tuas tolices
Há tolices que são mais sábias que vários livros
Tolice mesmo é ser quem não é
Fazer o que não gosta
E viver o que não sonha
O resto é sabedoria
Quase sempre dispensável


Pedro Mendonça